Novos elementos de um crime que chocou o país começam a ser desvendados. Subiu para nove o número de mulheres possivelmente mortas e esquartejadas pelo trio de canibais preso em Garanhuns, em 11 de abril. Até então, a Polícia Civil só investigava oito casos de assassinatos confessados pelos acusados em depoimento.Duas mortes, ocorridas em Garanhuns, foram confirmadas. Os corpos de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20, foram encontrados enterrados no quintal da residência onde o trio vivia com uma criança de cinco anos, supostamente filha de outra vítima, Jéssica Camila da Silva Pereira, 17, que teria sido executada em Rio Doce, Olinda. Está previsto para hoje o resultado do exame de DNA que confirmará se os restos mortais encontrados em Rio Doce são de Jéssica. Dos seis outros assassinatos, cinco teriam ocorrido nos bairros de Santo Amaro e Casa Amarela, ambos noRecife. Outra vítima estaria enterrada em um sítio na cidade de Conde, na Paraíba. As mulheres foram aliciadas pelo trio com a promessa de empregos. Depois de esquartejá-las, o trio comia a carne das mulheres e também usava o material para rechear salgados que eram vendidos em Garanhuns.Apesar de as investigações terem completado um mês, nenhum dos outros corpos foi encontrado. Apenas o inquérito que investiga as mortes das mulheres cujos corpos foram localizados em Garanhuns, foi remetido à Justiça.
Após análise do inquérito policial, o promotor Itapuan Vasconcelos encaminhou o caso à 1ª Vara Criminal, que acatou a denúncia. Isabel Cristina Pires da Silveira, 51, Jorge Beltrão Negro Monte da Silveira, 51, e Bruna Cristina de Oliveira da Silva, 22, podem ser levados a júri popular por duplo homicídio triplamente qualificado, falsidade ideológica, estelionato, ocultação de cadáver e falsificação de documentos. “As provas são contundentes”, disse o promotor. Em um caderno de Bruna, ela relata que uma moradora de Jupi e outra de Lagoa do Ouro - cidades do Agreste de Pernambuco - seriam as próximas vítimas. Os acusados, seguem em unidades carcerárias no Agreste.Diário de Pernambuco
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