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O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral (270 km de Fortaleza), ao tentar invadir um quartel que está tomado por policiais militares que protestam por reajuste salarial. Ainda não há informação de seu estado de saúde.

Cid, que está licenciado do Senado, estava em uma retroescavadeira que tentava entrar no batalhão da cidade, a 270 km de Fortaleza. O trator foi alvejado e teve os vidros estilhaçados.

A assessoria de Cid Gomes informou que o senador foi baleado por arma de fogo e que, no início da noite, estava passando por estabilização no Hospital do Coração de Sobral. A equipe do senador informou que ele será transferido para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

No início da tarde, Cid Gomes, que é irmão do candidato a presidente derrotado em 2018 Ciro Gomes, avisou por meio de rede social que chegaria em Sobral para tentar negociar o fim das manifestações dos policiais militares, que desde a noite de terça-feira (18) protestam contra a proposta de reestruturação salarial feita pelo governo do Estado.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), estava reunido com o governador da Bahia, Rui Costa (PT), quando soube que Cid Gomes havia sido baleado.

Ele tentou, sem sucesso, ligar para o celular de Cid. Depois, entrou em contato com o ministro Sergio Moro (Justiça) e com o governador Camilo Santana (PT).

“Acompanho com preocupação os desdobramentos do ocorrido com o senador Cid Gomes, na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral, no Ceará. Entrei em contato o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para obter informações e garantir a segurança do parlamentar”, disse Alcolumbre em nota.

Até o momento três policiais foram presos e 261 são investigados por participarem do protesto, que foi proibido na segunda (17) pela Justiça.

Em meio aos atos, dois batalhões foram atacados por homens encapuzados, que roubaram dez viaturas em uma das unidades e esvaziaram pneus dos carros em outra.

Na segunda-feira (17), a Justiça havia determinado, a pedido do Ministério Público Estadual, que agentes de segurança poderiam sofrer sanções e até serem presos por promoverem movimentos grevistas ou manifestações no estado.

Em um dos ataques, no batalhão no bairro do Papicu, cerca de dez viaturas foram levadas. Em outro, na Barra do Ceará, os carros tiveram os pneus esvaziados. O governo vai investigar as ações, mas o secretário da Segurança, André Costa, disse nesta quarta-feira que podem ser policiais e até esposas de policiais envolvidos nessas ações.

Os protestos já chegam ao menos a sete cidades do interior do Ceará, apurou a reportagem. Em Sobral, homens encapuzados para fora das janelas de viaturas da polícia militar apareceram no meio da tarde desta quarta no centro da cidade pedindo para que comerciantes fechassem as portas.

Muitos fizeram isso e só reabriram as lojas após a chegada de policiais civis e guardas municipais, que estão patrulhando algumas cidades do Ceará com a paralisação de parte da Polícia Militar.

Sobral é a base eleitoral de Ciro Gomes, candidato a presidente derrotado em 2018 e que apoia o governador Camilo Santana.

Cid foi governador do Estado em momento semelhante de crise com a polícia militar, em 2012.

Paraíba Online

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