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Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Hibou ouviu durante as primeiras semanas do mês 1.470 mulheres em todo o país. 98,1% delas conhecem o Outubro Rosa e sua finalidade. 91,5% acreditam que a campanha funciona para alertar e lembrar sobre prevenção e exames.

Por conta da campanha, neste mês de outubro intensifica-se a oferta de consultas para prevenção do câncer de mama, que é o segundo tipo que mais acomete brasileiras, representando em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para o Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).


O câncer de mama é o segundo tipo que mais acomete mulheres no Brasil. No Maranhão, de acordo com o Inca, a estimativa para este ano é de 720 novos casos, sendo 240 somente na capital maranhense. As campanhas e ações feitas por órgãos públicos de saúde, instituições públicas e privadas alertam para a questão da mamografia, do autoexame.


A orientação do Ministério da Saúde é a mamografia de rotina em mulheres sem sintomas ou sinais de doença em suas mamas. A mamografia nesta faixa etária, com periodicidade bienal, é a rotina adotada na maioria dos países que implantaram o rastreamento organizado do câncer de mama e baseia-se na evidência científica do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo. Segundo a pesquisa da Hibou, 53,7% das mulheres já fez mamografia na vida. 64,8% das mulheres fazem mamografia uma vez ao ano. 47,9% fazem o autoexame “só às vezes, quando lembram”, contra 34,3% que fazem regularmente. “Este dado mostra como é importante a campanha global que incentiva o autoexame e outros cuidados. Já que quase metade das mulheres só faz o autoexame quando lembra”, diz Ligia Mello, diretora da Hibou, que liderou a pesquisa.


Das 46,3% que não fez a mamografia, 52,9% foi porque o médico ainda não recomendou por causa da idade. A idade média que as entrevistadas acreditam ser ideal para a mamografia é 32 anos, tendo havido respostas de 12 anos de idade, até 50. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade a incidência do câncer de mama cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvimento.
3,8 milhões nunca realizaram mamografia


De acordo com a literatura, 25% das mortes são evitadas com a identificação precoce do tumor e atenção à paciente. A Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), a mais recente disponível no Brasil, aponta que 3,8 milhões de mulheres de 50 a 69 anos nunca realizaram mamografia, o que corresponde a 18,4% da população feminina nessa faixa etária. O maior índice entre as grandes regiões fica no Norte (37,8%), contra 11,9% do Sudeste, que tem a menor taxa.


Um levantamento da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) aponta para uma realidade diretamente relacionada à evolução nos índices de envelhecimento da população: uma em cada 12 mulheres receberá o diagnóstico de um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. E a importância das medidas voltadas à conscientização sobre o este tipo câncer ainda é justificada por mais um dado: as chances de cura chegam a 95% dos casos quando o tumor é detectado no início. De acordo com o Ministério da Saúde uma em cada dez mortes em decorrência de câncer de mama no Brasil – cerca de 12% – poderia ter sido evitada com a prática de atividade física regular. Em 2015, 2.075 mortes poderiam ter sido evitadas se as pacientes realizassem pelo menos uma caminhada de 30 minutos ao dia cinco vezes por semana.


Dados


O câncer de mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Somente o câncer de mama feminino atinge o número 59.700 novos casos para biênio 2018-2019. No Brasil, a cada hora, seis novos casos de câncer de mama aparecem. No mundo, a cada 19 segundos, um novo diagnóstico desse tipo de câncer surge entre as mulheres, e a cada 74 segundos uma mulher morre com câncer de mama.


Sintomas


Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).


Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento (quanto mais idade, maior o risco de ter a doença), fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher (idade da primeira menstruação, ter tido ou não filhos, ter ou não amamentado, idade em que entrou na menopausa), histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.


A prática de atividade física e de alimentação saudável, com manutenção do peso corporal adequado, estão associadas a menor risco de desenvolver câncer de mama: cerca de 30% dos casos podem ser evitados quando são adotados esses hábitos. A amamentação também é considerada um fator protetor.


O imparcial

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