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No último dia de visita ao Brasil, a secretária de estado americana se reuniu com a presidente em Brasília, em um encontro em que se discutiu como tornar públicas as informações sobre gastos públicos.


 No último dia de visita ao Brasil, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, se reuniu com a presidente Dilma Roussef, em Brasília. E um dos assuntos do encontro foi o combate à corrupção.

 Segundo ela, a presidente Dilma Rousseff está estabelecendo um padrão mundial na luta contra a corrupção. Ainda segundo a secretária, a transparência é a cura para a corrupção. As duas participaram de um encontro em que se discutiu como tornar públicas as informações sobre gastos públicos.

 Para onde vai o dinheiro dos impostos? Quanto os governos gastam em contratos, salários e passagens aéreas? As respostas para estas perguntas terão que estar disponíveis, em detalhes, na internet, daqui a um mês. É quando entra em vigor a Lei de Acesso à Informação, que vale para todos os órgãos públicos.

 No Governo Federal, por enquanto, sete dos 38 ministérios já colocaram as informações em páginas da internet, sendo que cinco criaram postos para atender pessoalmente o cidadão. A expectativa do governo é que até o fim do ano, os outros ministérios estejam prontos para fornecer os dados, como manda a lei.

 O professor de finanças públicas da Universidade de Brasília, José Matias Pereira, diz que a transparência é fundamental. “Quando você tem uma informação sonegada ou dada pela metade, isso não funciona e aí estamos falando da antidemocracia”, avalia ele.

 O diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, lembra que a divulgação dos dados permite que a sociedade fiscalize os órgãos públicos. “Sem informação, ninguém pode vigiar nada. É para isso que serve: para as ONGs poderem vigiar, para a imprensa poder vigiar, para o setor privado poder vigiar, para a academia poder vigiar”, explica Abramo.

 O Brasil e os Estados Unidos assumiram, com outros 55 países, o compromisso de dar mais transparência às informações públicas. Na primeira reunião do chamado governo aberto, a secretária de estado americana, Hillary Clinton, disse que a transparência é a cura para a corrupção e que não existe melhor parceira que a presidente Dilma Rousseff para enfrentar o problema. Já a presidente Dilma cobrou transparência também do setor privado.

 “Quanto maior a transparência e mais efetivos forem os canais de participação e de gestão, mais forte e justa se torna a democracia. Obrigatória para o estado, a transparência e o compromisso com o bem público também devem ser exigidos dos agentes privados cujas condutas afetam diretamente a vida dos cidadãos”, afirma a presidente.

 A presidente falou ainda sobre o setor financeiro. Disse que, quando não há regulação e monitoramento adequados, os frutos financeiros internacionais são passíveis, segundo a presidente, de manipulação, com prejuízo para toda a economia mundial e para as conquistas sociais dos países.



 Fonte: G1

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