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Método desenvolvido na USP usa corrente elétrica em vez de agulhas em anestesias odontológicas.

O procedimento também aumenta a eficácia que tira a sensibilidade da boca e reduz os riscos de infecção.

O método de anestesia baseia-se na aplicação de corrente elétrica para facilitar a absorção de substâncias químicas pelo corpo. A corrente elétrica é distribuída com o auxílio de um eletrodo positivo e de um negativo através de solução eletrolítica aplicada sobe a pele.


O estudo que descreve a técnica foi publicado recentemente no jornal especializado “Colloids and Surfaces B: Biointerfaces”.

Os pesquisadores explicam como criaram uma versão odontológica de um tipo de tratamento conhecido como “ionoforese”.

O método consiste em aplicar uma substância sobre a pele do paciente e usar um eletrodo para injetar uma corrente elétrica na área a ser tratada. A técnica é usada para diversos tipos de aplicações que variam de terapias contra dor crônica e tratamento estéticos.

Mas, até então, pouco se sabia sobre a eficiência das correntes elétricas na mucosa bucal.

PRECISO E INDOLOR

A intenção dos pesquisadores era verificar se a corrente elétrica seja capaz de aumentar a potência desse anestésico tópico o suficiente para que a fórmula pudesse substituir a injeção.

O experimento mostrou que a mucosa absorve 12 vezes mais prilocaina com a ajuda da “ionoforese”, e que o tecido retém substância até 10 vezes mais graças ao estímulo. Já a lidocaína apresentou o dobro de permanência na mucosa.

 A ideia é fazer com que a substância penetre pela gengiva e vá só para a região a ser anestesiada. Não tem como ela dispersar porque tem um eletrodo a atraindo pelo íntimo do dente.

O especialista estima que a anestesia elétrica possa durar entre 30 minutos e duas horas, dependendo dos resultados dos testes clínicos.

A carga é aplicada de acordo com as propriedades elétricas do produto usado no tratamento, atravessando a pele do paciente e levando consigo a fármaco para dentro do organismo de uma forma direcionada e controlada.

Sem injeções, a substância não precisa passar pela corrente sanguínea e fica retida no local de interesse, aumentando a eficiência da fórmula e evitando efeitos colaterais.

Na cadeira do dentista, o alívio tem um preço alto. Para evitar a agonia da broca e da raspagem e encarar a agulha e suportar a injeção da anestesia. Este novo método pode diminuir o custo dos tratamentos dentários e fazer cirurgias e extração usando a ionoforese.



Por Geraldo Vital

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