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A forte chuva que caiu sobre Cajazeiras na noite desta quarta-feira (06), que segundo os registros foi a maior da história do município, em poucas horas mudou completamente a paisagem de algumas localidades rurais. A mais afetada certamente foi a região onde fica o Sítio Almas, o maior sítio do município, onde residem quase 900 pessoas.

O que há poucas horas antes da chuva era a típica paisagem desértica da seca, depois das precipitações o que se viu foi um cenário de enchentes, com açudes transbordando, paredes cedendo, veículos atolados e até animais morrendo.

O pluviômetro que o agricultor Janduy de Abreu instalou na sua casa marcou 240 mm³. Apesar dos estragos, ele comemorou a volta da chuva. “A situação estava cruel. A gente estava num desespero terrível. Mas você veja que Deus é tão bom, e chegou a chuva em boa hora.”
A reportagem da TV Diário do Sertão flagrou o momento em que moradores tentavam retirar uma caminhonete do atoleiro na estrada que dá acesso ao Sítio Almas. Outro veículo conseguiu puxar a caminhonete com auxílio de cordas.
Um jumento também foi vítima da chuva e acabou morrendo, provavelmente afogado pela enchente. Moradores disseram que outros animais também correram risco de serem arrastados pela enchente, mas conseguiram escapar em tempo.
O agricultor Francisco de Sousa conta que o açude não recebia água de chuva há quatro anos. Desde então os moradores se abastecem em poços chamados de "cacimbão" ou com ajuda esporádica de carros-pipa.
Francisco Lourival, também agricultor, acredita que a chuva caída exatamente no Dia de Reis (celebrado no dia 06 de janeiro) foi um sinal divino de que a região terá uma boa quadra invernosa.


DIÁRIO DO SERTÃO

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