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A experiência de instalação de dessalinizadores solares para a produção de água potável no Assentamento Olho D’água, em São Vicente do Seridó (PB), a cerca de 216 quilômetros de João Pessoa, foi selecionada para a edição 2015 do Caderno de Boas Práticas de Ater, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). O projeto foi implantado pela Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (Coonap), entidade contratada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para executar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em 31 assentamentos da região da Borborema, em parceria com o Núcleo de Extensão Rural Agroecológica (Nera) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).


A ação foi apresentada pelo presidente da Cooperativa de Trabalho Múltiplo e Apoio às Organizações de Autopromoção (Coonap), Jonas Marques de Araújo Neto, no Seminário Nacional de Boas Práticas de Ater, realizado em Brasília de 1º a 3 de dezembro de 2015. Em nome da entidade, ele recebeu o certificado de Boas Práticas das mãos do ministro do desenvolvimento agrário, Patrus Ananias.
O objetivo do projeto, selecionado na Categoria Sistemas Sustentáveis de Produção de Base Agroecológica, foi melhorar a segurança hídrica das 29 famílias do Assentamento Olho D’água, que tem 1.628 hectares, através do uso de dessalinizadores solares que possibilitam a produção de água potável.
Para garantir água de qualidade para as famílias, o projeto aproveitou o potencial de energia solar disponível no assentamento, localizado no Semiárido, região que apresenta particularidades desfavoráveis quanto à disponibilidade de água, como baixos índices de precipitação pluviométrica, período chuvoso irregular, presença de anos com índices de precipitação abaixo da média histórica e elevados níveis de salinidade em grande parte dos solos e das águas semiáridas.
Segundo o diretor técnico da Coonap, o engenheiro agrícola José Diniz das Neves, a escassez periódica de água leva a população a consumir águas de poços que, muitas vezes, apresentam contaminação biológica ou química (sais dissolvidos), como é o caso dos poços da zona rural de São Vicente do Seridó.
“Fomos a única entidade de Ater na Paraíba com experiência selecionada para o Caderno Boas Práticas de Ater, que terá distribuição nacional. Isto significa o reconhecimento do nosso trabalho e nos dá a certeza de que estamos indo pelo caminho certo”, afirmou Jonas Marques.

Funcionamento do dessalinizador
José Diniz das Neves explicou que o destilador utiliza a radiação solar para aquecer a água, que evapora e se condensa dentro do dessalinizador.
“Com isso, a água torna-se potável em virtude das altas temperaturas no interior do destilador. Os microrganismos patógenos são eliminados e é possibilitada a retirada dos sais dissolvidos na água”, explicou o diretor técnico da Coonap.

Caderno Boas Práticas de Ater
O objetivo da elaboração do Caderno de Boas Práticas de Ater e do Seminário Nacional de Boas Práticas de Ater foi identificar, sistematizar e compartilhar referências inovadoras com contribuição comprovada, na ação de Ater, para o desenvolvimento rural sustentável e solidário.
No período de 7 a 23 de outubro, as instituições cadastradas no Sistema Informatizado de Ater (Siater) puderam inscrever apenas uma iniciativa, em cada uma das 14 categorias previstas no edital, junto à Comissão Estadual de Boas Práticas de Ater, na Delegacia Federal do MDA de cada estado. As Comissões Estaduais – formadas pelo MDA, Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável, instituições de Ater e representações da Agricultura Familiar – foram responsáveis pela inscrição, seleção e registro de propostas.
As melhores experiências em cada categoria foram enviadas à Comissão Nacional, que selecionou as três melhores iniciativas de cada categoria. As ações escolhidas foram apresentadas no Seminário Nacional realizado em Brasília.

Assessoria 

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