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As ações de combate ao mosquito Aeds aegypti na Paraíba seguem a todo vapor e recebem nesta semana mais uma iniciativa para inibir a sua reprodução. O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (15), que enviou 1,9 mil kg de larvicida ao Estado para eliminar as larvas do transmissor da dengue, chickungunya e Zika, essa última responsável pelo surto de microcefalia que assola o país. O quantitativo encaminhado à Paraíba é suficiente para tratar 950 milhões de litros de água, algo equivalente a 380 piscinas olímpicas.

O reforço no combate ao mosquito foi enviado aos estados das regiões Nordeste e Sudeste. A quantidade repassada à Paraíba corresponde à demanda da Secretaria Estadual de Saúde. Cada quilograma do larvicida é capaz de tratar 500 mil litros de água. O produto é usado quando não é possível a eliminação do foco de água parada, local de reprodução do Aedes.
O objetivo, segundo o Ministério da Saúde, é manter as secretarias estaduais de Saúde abastecidas com um dos principais instrumentos para eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti. Neste ano (janeiro a novembro), foram enviadas 4,65 toneladas para Paraíba. Neste mesmo período, foram encaminhadas a todos os estados, 114,4 toneladas de larvicida. Esse quantitativo garantiu o tratamento de 57,2 bilhões de litros de água.
Para o próximo ano, segundo o Ministério da Saúde, já foram adquiridos mais 100 toneladas do produto, que deverá garantir o abastecimento até junho de 2016. Entre outubro deste ano e junho do próximo ano, cerca de R$ 10 milhões foram investidos em produtos.
Todos os insumos utilizados pelo Ministério da Saúde são de uso preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) podendo, inclusive ser utilizado em água para consumo humano. A quantidade enviada pelo Ministério da Saúde corresponde à demanda apresentada pelas próprias Secretarias Estaduais de Saúde, levando em consideração a situação epidemiológica local e o histórico de consumo.
Mobilização e combate
A mobilização com agentes comunitários de saúde, agentes de combate a endemias, e a compra de insumos e a disponibilidade de equipamentos para aplicação de inseticidas e larvicidas integram uma das três frentes (Mobilização e combate ao mosquito) do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, lançado este mês pela presidenta da República Dilma Rousseff e o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
A orientação é que as secretarias estaduais e municipais de saúde verifiquem se a utilização do insumo está de acordo com as normas do Programa Nacional de Controle da Dengue. Além disso, a secretarias devem realizar uma avaliação de risco, utilizando as informações do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento permite direcionar as ações de forma mais apropriada, de acordo com o tipo de depósito predominante em cada área.
Prevenção
O Ministério da Saúde reforça o caráter permanente das medidas de prevenção. Os gestores municipais devem priorizar a organização das ações de rotina que favoreçam o controle larvário por parte da população, adotando medidas físicas e ou mecânicas de remoção e/ou eliminação de criadouros quando possível.
É importante que as visitas domiciliares realizadas pelos agentes sejam planejadas, de modo que tenham cobertura, regularidade e qualidade. Além disso, é preciso desenvolver ações específicas em terrenos baldios, praças públicas e os estabelecimentos com alta vulnerabilidade à infestação do vetor, como cemitérios, borracharias, ferros velhos e postos de reciclagem de materiais.
A população também tem papel fundamental no processo de prevenção e controle da dengue, com a adoção de medidas simples, como a eliminação de recipientes que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
O Ministério também distribuiu, neste ano, 431.232 litros e 11,1 toneladas de adulticidas para os estados, produto utilizado para os fumacês, e aplicação residual em pontos estratégicos (ferros velhos, borracharias, entre outros). O produto mata o mosquito já na fase adulta. Em 2015, a Paraíba recebeu 2.200 litros e 120 kg de adulticida. Vale destacar que todas as ações de combate ao Aedes aegypti, tanto as mecânicas quanto o uso de produtos químicos, devem ser coordenadas. Nenhuma delas, sozinha, é capaz de impedir a proliferação do mosquito.
Jornal da Paraíba

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