No município vizinho de Barra de São Miguel, a Coonap também construiu uma barragem subterrânea na unidade demonstrativa (UD) do assentamento Bom Jesus I. A unidade foi implantada em uma das parcelas do assentamento e servirá como local para intercâmbio e troca de ideias entre técnicos e assentados.
Todos os processos dos projetos, desde a elaboração até a execução, foram acompanhados por técnicos da Coonap e do Incra na Paraíba.
Dos 35 assentamentos da reforma agrária de 16 municípios atendidos pela Coonap, apenas 11 assentamentos, localizados nos municípios de Areia, Pilões e Serraria, no Brejo paraibano, situam-se fora da região conhecida como Semiárido.
Parcerias
As duas barragens subterrâneas do assentamento Dorcelina Folador foram construídas por meio de uma parceria com a Prefeitura de Cubati, responsável pela escavação das valas com retroescavadeira. Coube à Coonap o fornecimento da lona e a assessoria técnica no trabalho, realizado em conjunto com as famílias assentadas.
As tecnologias alternativas implantadas pela Coonap no assentamento incluem, ainda, a construção de cisternas calçadões e de enxurradas destinadas a armazenar água para a produção. Todas as casas do Dorcelina Folador ganharam cisternas de placas para armazenar água para o consumo humano construídas com recursos do Crédito Semiárido do Incra.
Segundo o técnico da Coonap Jânio de Araújo Oliveira, a comunidade recebeu também um barreiro de trincheira por meio do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA).
“O objetivo desta técnica é o armazenamento de água durante o período de estiagem em um reservatório com menor capacidade de evaporação. Como a água fica em total contato com o solo, sem a suspensão de represa, a evaporação torna-se mais lenta, armazenando água por mais tempo do que um barreiro comum”, afirma o técnico.
Barragem subterrânea
Oliveira esclarece que a barragem subterrânea é instalada em um ponto estratégico do terreno, onde escorre o maior volume de água no momento da chuva.
A construção inclui a escavação de uma vala perpendicular ao sentido da descida das águas até a profundidade onde se encontra a camada mais endurecida do solo. Dentro da vala, estende-se uma lona plástica de aproximadamente 50 metros de comprimento por toda a extensão da parede. Após o plástico estendido, a vala volta a ser fechada com a terra.
“A impermeabilidade barra o escoamento da água da chuva e provoca sua infiltração no solo, reduzindo a evaporação. Assim, cria-se uma vazante artificial onde a umidade do solo se prolonga por longo tempo, chegando até quase o final do período seco”, explica Jânio Oliveira.
fonte: Ascom/MDA
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