A implantação do Campus Avançado da UEPB no Serrotão é um projeto pioneiro no Brasil. Cerca de R$ 1,5 milhão foi investido no projeto.
Além disso, a instalação de uma universidade dentro do complexo penitenciário tem a intenção de expandir e fortalecer as políticas públicas direcionadas à ressocialização dos presos. “Queremos desmistificar a ideia de que apenados são delinquentes e mostrar a eles que tanto a sociedade quanto o Estado, se preocupam com as condições em que eles retomarão à liberdade”, explicou o secretário de administração penitenciária do Estado, Valber Virgolino.
A expectativa é que o novo campus da UEPB inicie suas atividades em julho, oferecendo aos detentos cursos que vão desde a alfabetização até o nível superior, bem como os profissionalizantes. A população carcerária será beneficiada também com aulas preparatórias para exames supletivos relativos aos ensinos fundamental e médio.
De acordo com informações divulgadas pela instituição de ensino, já foram confirmadas as realizações de seis atividades educativas: oficina de leitura, curso Pré-vest solidário e o Pré-vest Comunitário, curso de rádio comunitária, horta comunitária e um projeto de esportes.
Ainda segundo Virgolino, no que concerne aos cursos profissionalizantes e de ensino superior, serão disponibilizadas aos presos disciplinas ligadas a diversos campos de conhecimento, dentre eles as correspondentes as áreas do Direito e de Ciências da Saúde.
O primeiro curso a ser oferecido no campus penitenciário será o de Ética e Direitos Humanos, destinado exclusivamente aos agentes penitenciários do Serrotão. A aula inaugural da unidade de ensino será ministrada pelo representante da Unesco, professor Timothy Ireland. O especialista em Direitos Humanos ressaltou a importância e satisfação em contribuir com a execução do projeto. “É algo fantástico pensar na ideia de ter uma universidade funcionando dentro de um presídio”, declarou Ireland.
RADIALISTA SEBASTIÃO BARBOSA
Com Portal Correio
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