Esta semana, pesquisadores e técnicos da Secretaria da Agricultura do Ceará visitaram o Laboratório de Cultura de Tecidos Vegetais da Estação Experimental José Irineu Cabral, para conhecer todas as etapas da pesquisa que resultou na produção de 30 mudas de palma a partir de uma só raquete, a um custo estimado de apenas R$ 0,003.
De acordo com o pesquisador Ailton Melo de Moraes, biólogo responsável pelo trabalho, uma só raquete dividida em pedaços pode render ao produtor 30 novas raquetes em um curto espaço de 45 dias. “Se o produtor utilizar um canteiro de 1,10 x 10,10 m, com espaçamento de 10 cm entre seguimentos, ele terá 1.000 mudas para plantar a cada 35 dias, sendo que num espaçamento de 1,5 x 0,40m (16.667 plantas por hectare), ele só irá desembolsar R$ 50,00.”
O presidente da Emepa, Manoel Duré, avalia que a experiência é exitosa e está atendendo a demanda dos produtores rurais paraibanos que, no método antigo de plantio da palma, chegavam a gastar mais de R$ 1.600,00 (ao custo de R$ 0,10 a raquete) em apenas um hectare de palma plantada.
“Já estamos desenvolvendo campos de produção de mudas para distribuição e com a nova tecnologia vamos poder atender aos pequenos produtores da nossa região que tem a palma forrageira como principal alimento para seus rebanhos”, declarou Duré.
Ele explicou que todas as mudas são produzidas com as novas variedades resistentes à cochonilha- do- carmim (Palmepa PB-1, Palmepa PB-2, Palmepa PB-3 e Palmepa PB-4), fruto do trabalho do pesquisador Edson Batista Lopes.
O assessoramento para o plantio e manuseio das mudas e raquetes de palma aos produtores é feito pela Emater, que também faz a elaboração de projetos junto ao agente financeiro. No campo, as mudas precisam passar oito dias na sombra depois do corte e, em seguida, poderão ser plantadas e irrigadas.
A área de zoneamento agrícola para o cultivo da palma forrageira na Paraíba está sendo ampliada, com a inclusão de mais 42 municípios. Atualmente são 119 que estão habilitados a acessar linha de crédito. A meta é distribuir as mudas em todo território paraibano para substituir as palmas que estão sendo dizimadas pela praga da cochonilha-do-carmim.
O novo método de reprodução da palma forrageira, simples e de baixo custo, vem ao encontro das metas estabelecidas pelo governador Ricardo Coutinho, cuja preocupação é atender às demandas dos agricultores familiares e auxiliá-los na adoção de tecnologias que contribuam para a convivência com a estiagem.
SECOM-PB
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