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    A comitiva da Assembleia Legislativa, que inspeciona as obras de transposição de águas do São Francisco nos Estados da Paraíba e Pernambuco conheceu de perto na quinta-feira (6) o drama dos que vivem na zona rural do Semiárido Nordestino e precisam de água.
    No município de Floresta (PE), onde o Exército Brasileiro constrói a tomada d’água na barragem de Itaparica e também constrói a barragem de Areais, a comitiva conheceu o agricultor João Edson Pereira, 32 anos, pais de dois filhos e morador do Sítio Córregos.

    Agricultor, João Edson conseguiu um emprego de vigilante no canteiro de obras do Exército. Ganha salário mínimo e agradece pela chance de ter, pela primeira vez na vida, um emprego com carteira assinada. “Minha vida melhorou muito e eu dou graças a Deus por isso”, diz ele.
    A comitiva da Assembleia estava conhecendo o canal que o Exército construiu para levar as águas do São Francisco para o Eixo Leste da transposição que beneficiará a Paraíba quando deparou-se com o agricultor.
    O drama de João Edson é o mesmo de muitos outros nordestinos que vivem no Semiárido.
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    João trabalha a noite – das 18 as 6 horas da manhã. No início da tarde do dia 6, ele saiu de casa, percorreu 11 quilômetros de casa até uma comunidade rural para buscar
    mandacaru e alimentar duas vacas que conseguiu comprar com o emprego de vigilante.
    Depois, percorreu mais 11 quilômetros de volta até sua casa. Cortou a ração de mandacaru e deu às duas vacas. Depois almoçou e começou a andar novamente até o seu posto de trabalho. Não havia dormido na noite anterior, nem dormiu de dia, nem vai dormir mais uma noite.
    “Se tem que ser assim, eu não posso fazer nada”, conforma-se.
    “É para pessoas como Edson que a transposição se torna uma obra prioritária. O governo federal precisa se sensibilizar com o drama dessa gente e apressar a obra”, diz o deputado Assis Quintans, que emocionou-se com o drama narrado pelo agricultor.
    As obras
    A parte que o Exército constrói em Floresta na obra de transposição será concluída até junho de 2012. Isso faz parte da tomada d’água, um canal e a Barragem de Areias.

    Fonte: José Euflavio - Especial para ALPB

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