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Depois de não ter conseguido passar em algumas das etapas escritas do concurso para procurador da República, o advogado João Costa Ribeiro Neto resolveu recorrer ao Judiciário e conseguiu assegurar seu posto de trabalho ao lado de Rodrigo Janot.

Até ai, tudo bem.
Mas quem passou no concurso sem diversas decisões judiciais tem apontado para situações peculiares no processo.
Neto é filho do suplente de senador João Costa Filho. O titular da vaga é Vicentinho Alves, do PR de Tocantins, mas Filho já pôde assumir a cadeira no Legislativo entre 2012 e 2013.
(O senador Filho, inclusive, é tido como o formulador da tese jurídica apresentada por Kátia Abreu a Ricardo Lewandowski e que levou ao fatiamento do impeachment.)
Após não ter sucesso em etapas escritas da prova, o advogado Neto conseguiu algumas liminares do juiz Charles Renaud Frazão de Moraes. Uma determinando que ele fizesse as provas orais e outra para que a PGR tenha de dar posse a Neto como procurador nesta segunda-feira.
O juiz Renaud, por sua vez, é investigado e responde a processo na Justiça por suposto desvio milionário de recursos e fraudes em empréstimos de uma associação de juízes com uma fundação habitacional.
Em meio ao imbróglio, os futuros procuradores do mesmo concurso ainda questionam se o sistema de dedicação exclusiva da Unb, onde Costa Neto é professor, permite que ele assuma o cargo de procurador da República.
Por fim, na PGR, há certa indignação pelo fato de um juiz de primeiro grau ter o poder de inserir um candidato nos quadros da procuradoria.
Atualização: O presidente do TRF-1, Hilton Queiroz, acaba de suspender a posse de João Costa Ribeiro Neto




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