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O presidente interino Michel Temer (PMDB) retirou do governador Ricardo Coutinho (PSB) e demais governadores do Nordeste a execução de obras destinadas ao combate à seca para transferi-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O órgão é controlado predominantemente por peemedebistas e a medida foi tomada na mesma semana em que começou a campanha eleitoral nos municípios brasileiros.
A decisão, contudo, reverte um acordo promovido pela presidente afastada Dilma Rousseff de que caberia aos governadores a gestão desses recursos. Pelo fato de servir como arma eleitoral por políticos da região, a gerência das verbas para obras contra seca costuma ser disputada por nomes de todos os partidos. 
De acordo com o deputado federal Rômulo Gouveia (PSD), a medida não deixa os estados de lado, mas é inadmissível que o Dnocs não tenha um papel. “Por outro lado, existem governadores que pegam os recursos do governo federal e não utiliza de forma republicana”, disse Gouveia. Ele ressaltou ainda, a atitude Temer foi acertada pelo fato de ocorrer num momento de disputa eleitoral. 
Com a edição de uma medida provisória no fim de julho, a liberação dos recursos foi autorizada por Temer e abriu crédito extraordinário de R$ 789,9 milhões para ações emergenciais no Nordeste. A região enfrenta o quinto ano consecutivo de seca, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Parte do valor será destinada para obras emergenciais, como a construção de adutoras e perfuração e instalação de poços.
Na Paraíba, o favorecido será o senador José Maranhão (PMDB-PB), padrinho do coordenador regional do Dnocs. Ele é adversário do governador Ricardo Coutinho (PSB), que se posicionou contra o impeachment de Dilma. As obras também serão tocadas pelo Dnocs em Estados administrados pelo PMDB, mas a Integração Nacional ampliou os recursos que serão enviados, por ordem de Temer. 
O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), candidato a vice-prefeito de João Pessoa, avalia que os governos estaduais "politizam" a execução dos recursos. "Quando o governo manda dinheiro, eles só gastam nos municípios que eles têm interesse." Já Eunício reconhece o sucateamento do Dnocs, mas diz que a mudança vai contribuir para revalorizá-lo.
Fonte: Click PB

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