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O governador Ricardo Coutinho concedeu, nesta terça-feira (4), no Palácio da Redenção, uma entrevista coletiva à imprensa na qual afirmou que a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) não será privatizada e ressaltou que o órgão é um patrimônio do Estado, sendo fundamental para o desenvolvimento paraibano. O chefe do Executivo destacou que nos últimos seis anos o Governo do Estado investiu cerca de R$ 310 milhões na Cagepa para oferecer melhores serviços a aproximadamente 2,8 milhões de habitantes paraibanos e ainda lembrou que em 2016 a Companhia teve um superávit de R$ 20 milhões.

“Temos a consciência que a empresa melhorou muito nos últimos anos. Mesmo com as dificuldades desse período de crise, em 2016, tivemos um superávit e estamos buscando ampliar essa situação superavitária do órgão. A Cagepa é estratégica para o desenvolvimento do Estado, o que está em jogo é o futuro da Paraíba. O Governo do Estado não vai privatizar a Cagepa. Essa é uma decisão madura e consciente, além de um ato de coragem e compromisso com o futuro. Uma empresa sendo pública deve ter a condição de estar a serviço do povo e não de um interesse particular. A Paraíba precisa que a Cagepa continue pública atendendo a todos”, frisou.

O governador também falou sobre o período de crise e a atual conjuntura nacional, na qual está cada vez mais constante a privatização de vários órgãos públicos. “Sei dos rumos que o Brasil está tomando com a privatização de patrimônios públicos essenciais para o povo, mas a nossa postura caminha na contramão do país. Isso não é fácil, exige uma posição firme para tentarmos viabilizar a Cagepa e mostrar que ela é uma boa Companhia para atender a população”, comentou.

Antes de decidir que não iria privatizar a Cagepa, Ricardo manteve várias reuniões com sindicatos de trabalhadores ligados à Companhia. Sobre esse diálogo com os sindicatos, ele comentou: “Quero ressaltar a maturidade que encontramos na relação com os sindicatos. Tivemos vários momentos de diálogo e chegamos à conclusão de que o que todos queremos é a manutenção e aperfeiçoamento desta empresa pública. Os sindicatos resolveram tirar algumas ações, negociamos data base dos funcionários, enfim, ajustamos as coisas para o bem da Cagepa e do povo”.

Na ocasião, o governador também adiantou que vai contar com a Cagepa para distribuir as águas do projeto da adutora TransParaíba, obra que será feita, em breve, pelo Governo do Estado. “Vamos fazer mais esta grande obra que é prioritária, sendo um grande sonho meu. Serão cerca de R$ 400 milhões investidos na TransParaíba, que vai levar água de Boqueirão para o Curimataú e isso deve ser conduzido pela nossa Cagepa”, afirmou.

O presidente da Cagepa, Hélio Cunha Lima, ressaltou que a decisão do governador é muito oportuna nesse período de crise nacional. “É uma decisão não a favor da Cagepa ou do Governo do Estado, mas a favor do povo paraibano. Essa decisão vai repercutir em todo o país e nós da Cagepa vamos trabalhar de forma eficiente para que esta empresa cresça e dê o retorno esperado”, finalizou.

“Desde o mês passado que estávamos fazendo essas tratativas sobre o assunto. Retiramos dois processos, bem como fizemos o congelamento salarial, demonstrando que a categoria está com o Governo e comprou esta briga, abrindo mão de algumas coisas, em nome de algo muito maior que é o saneamento público na Paraíba. Mais de 1 milhão de paraibanos hoje pagam tarifa social. Como isso ficaria com a privatização, se quem privatiza quer ter lucro? Não dá simplesmente para privatizar uma companhia no Estado e criar zonas de subdesenvolvimento em algumas regiões”, disse o representante do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Urbanas da Paraíba, Wilton Maia.

A vice-governadora Lígia Feliciano, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Gervásio Maia, os secretários Luís Torres (Comunicação Institucional), Waldson de Sousa (Planejamento, Orçamento e Gestão), João Azevedo (Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia), além de outros auxiliares do Governo e deputados estaduais também estiveram na coletiva.



Secom 

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