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O corpo de uma mulher achada morta dentro de casa na cidade de Cajazeiras, Sertão paraibano, demorou mais de oito horas para ser retirado do local e levado para a perícia pois, segundo o filho da vítima, o carro do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), conhecido como rabecão, demorou para chegar.
Lúcia de Fátima Sá Donato, de 53 anos, morava em um apartamento no Centro de Cajazeiras. Segundo o filho dela, Ítalo de Sá, o corpo da mãe foi achado pelo companheiro dela na madrugada do dia 28 de novembro, por volta das 5h30 (horário local). O jovem explicou que o companheiro da mãe chegou na casa e chamou pela mulher, que não atendeu.
Preocupado, o homem chamou um chaveiro e os dois, ao entrarem no apartamento, encontraram a mulher caída, próximo ao fogão. “Isso aconteceu por volta de 5h30, mas o rabecão só chegou era umas 13h30”, disse o jovem.

“Minha mãe teve que ser levada às pressas, sem velório, para o cemitério. Se o veículo tivesse chegado na hora, tinha sido liberada mais cedo”, comenta Ítalo de Sá.
Por causa da demora, quando o veículo chegou, a família foi informada de que o corpo deveria ser levado para o Numol de Campina Grande. Como os peritos identificaram inicialmente que tudo indicava para morte natural, a família, em acordo com a Polícia Civil, decidiu se responsabilizar pelo atestado de óbito para evitar que demorasse ainda mais para a mulher ser enterrada.

O diretor geral do Instituto de Polícia Científica da Paraíba, Israel Aureliano, explicou que os carros do IML de Cajazeiras, Sousa e Catolé do Rocha estão em manutenção. Ainda de acordo com o diretor, a dificuldade é que as peças para o conserto dos veículos não são facilmente encontrados no mercado, mas o governo da Paraíba informou que pretende alugar veículos para atender a região. 
De acordo com o delegado George Wellington, esta não é a primeira vez que há uma demora até a chegada do rabecão no local onde corpos são achados. Wellington explica que os cerca de 100 municípios do Sertão são referenciados pelo Numol de Patos e que na região existem cinco carros para fazer o transporte dos corpos. O problema é que além da distância, a maioria dos carros estavam quebrados.
“O carro de Cajazeiras fazia dois meses que estava no conserto e agora que ficou pronto vai atender as seccionais daqui, de Sousa e de Catolé do Rocha, porque o de lá está quebrado”, comenta. Ainda de acordo com o delegado, a demora específica neste caso se deu por causa de outra ocorrência simultânea. “Quem atendeu aqui foi o carro de Itaporanga, que estava atendendo uma intercorrência de suicídio em Igaraçi e depois veio para cá”, diz.





Fonte: G1 PB

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