Um processo
administrativo está apurando denúncias de prática de cartel na venda de gás de
cozinha na Paraíba. A ação foi instaurada pelo Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (CADE), sediado em Brasília, que confirmou que alguns dos
investigados são de Campina Grande, no Agreste paraibano.
As investigações têm
como alvo as distribuidoras e revendedores de combustíveis de vários estados do
Nordeste, entre eles a Paraíba, envolvendo 27 pessoas que atuam no setor e
ligadas ao Sindicato de Revendedores de Combustíveis e Derivados do Interior da
Paraíba, que tem sede em Campina Grande.
“Chegou-se a conclusão
de que algumas dessas empresas distribuidoras e de revendas de GLP (gás de
cozinha) se engajaram em um cartel para prejudicar o consumidor do gás de
cozinha, que é um produto importante para a economia nacional”, disse o
superintendente adjunto do CADE, Diogo Thonson.De acordo com a denúncia, teriam
sido feitos ajustes para a fixação de preços de produtos oferecidos ao
consumidor. O caso começou a ser investigado em 2009 e ganhou repercussão com a
operação “Chama Azul”, deflagrada pela Polícia Federa em 2010. Desde que a
investigação teve início, duas distribuidoras envolvidas no processo já
devolveram R$ 24 milhões.
O presidente do
Sindicato dos Revendedores de Combustíveis de Campina Grande, Bruno Agra, disse
que ainda não foi notificado do processo, mas garantiu que as denúncias são
improcedentes.
“Não tem como fazer
cartel no varejo, nem em Campina Grande, nem em nenhuma cidade do país. Porque
varejo abrange muitas pessoas. Para se ter uma ideia, tem 450 empresas
legalizadas dentro da cidade, que tiveram a facilidade de se legalizar através
do microempreendedor individual. Então, fazer cartel com 1.500 pessoas é
praticamente impossível”, disse ele.
Bruno Agra ainda
denunciou a existência de um mercado ilegal na cidade. “Só em Campina Grande,
na área do varejo, existem mais de mil pontos ilegais de venda de GLP, o gás de
cozinha, que é um produto inflamável, perigoso e coloca em risco a população”,
frisou o presidente do sindicato.
Fonte: G1PB
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