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A "Playboy", revista lançada em 1953 com uma capa particularmente sexy de Marilyn Monroe, anunciou que, em face da concorrência de sites pornográficos, vai parar de publicar fotos de mulheres nuas.

No entanto, continuará a publicar fotos de mulheres em poses provocantes que, simplesmente, não vão estar nuas, explicou o diretor da "Playboy", Scott Flanders, ao jornal "New York Times".


A revista está à procura de uma nova imagem, ante os sites pornográficos que oferecem gratuitamente "todos os atos sexuais imagináveis. (A publicação de fotos nuas) está totalmente ultrapassada agora", explicou.

A decisão foi tomada após uma reunião com o fundador da revista, Hugh Hefner. Com o advento da pornografia na internet, a Playboy, que vendia 5,6 milhões de cópias em 1975, não vende mais do que 800 mil atualmente.

A revista, que foi a primeira a quebrar o tabu e publicar fotos de mulheres nuas, também acredita que ao acabar com tais fotos poderá exibir parte de seu conteúdo nas principais redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram.

Em agosto de 2014, a "Playboy" já havia removido de seu site todas as fotos nuas, o que fez com que a média de idade de seus leitores online passasse de 47 a 30 anos, e o número de visitas aumentasse quatro vezes, de 4 a 16 milhões por mês.

Relembre as capas mais interessantes da Playboy brasileira:

A atriz Regiane Alves estampou a capa desta edição de 2003 em clima cinematográfico.
Foto: Divulgação/Playboy


A revista vai continuar a apresentar a "playmate" do mês, mas pretende se adaptar para ser vista por um público de 13 anos ou mais, explicou um dos diretores, Cory Jones.

Apesar de ser conhecida principalmente pela publicação de fotos de mulheres nuas, a revista também publicou ao longo dos anos entrevistas com grandes figuras da história.

Foi em suas páginas que Martin Luther King disse que "a América é hoje uma nação muito doente", que Malcolm X discutiu a luta pelos direitos dos negros, e que o músico de jazz Miles Davis explicou que, para os negros, "seria muito melhor se o racismo desaparecesse, se pudéssemos nos livrar desta úlcera que atormenta o estômago". Ou ainda que o futuro presidente americano Jimmy Carter reconhecesse ter interesse em outras mulheres "em seu coração".

Sua entrevista com John Lennon e Yoko Ono, por uma terrível coincidência, estava nas bancas quando o ex-Beatle foi assassinado, em dezembro de 1980.

A revista também publicou contos de escritores famosos, como Vladimir Nabokov, Margaret Atwood ou Haruki Murakami e imagens de fotógrafos famosos como Helmut Newton e Annie Leibovitz. Enquanto que muitas celebridadades posaram em suas páginas, de Kim Basinger a Drew Barrymore, passando por Madonna e Sharon Stone.

Edição brasileira

O diretor de redação da revista "Playboy" no Brasil ainda não decidiu quando a publicação no país deixará de exibir imagens de mulheres completamente nuas.

Em entrevista à BandNews FM, Ségio Xavier afirma que vai definir a estratégia a partir do cronograma da matriz americana, que deve extinguir a nudez total primeiro nos Estados Unidos, a partir de março de 2016.

O jornalista contou que a reportagem publicada pelo jornal "The New York Times", trazendo essa informação, surpreendeu a todos, mas considera a decisão corajosa e inteligente, uma vez que "o nu não vende mais como vendia antes".

Em breve, Sérgio Xavier deve divulgar a definição se a revista vai seguir a publicação americana ou se fará no Brasil uma transição gradual.





Da BandNews FM, com AFP/ UOL

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